Livros, peças decorativas, música, roupas, sapatos e mais, mercado de produtos usados cresce no Brasil.

O aumento do consumo de objetos de segunda mão já é realidade. Mas é uma questão de consciência? É sobre comprar mais por menos? Ou serão ambos os questionamentos? Essas não são perguntas com respostas fáceis, contudo são necessárias para analisar a realidade do Brasil quando o assunto é produtos usados e atitude sustentável.

O mercado de segunda mão tem movimentado a economia, acompanhando uma curva crescente. Segundo o mais recente relatório de inteligência do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) sobre o mercado de segunda mão, divulgado em fevereiro de 2019, o comércio de produtos usados aumentou consideravelmente representando um crescimento de 32,2%.

O crescimento dos números está relacionado com a demanda da sociedade por sustentabilidade. O termo consumo consciente caiu no gosto popular abrindo discussões sobre como comprar e lucrar gerando o menor impacto possível ao meio ambiente. Com cada vez mais consumidores adeptos do comprar sem peso na consciência, o mercado de segunda mão em suas várias formas aparece como alternativa.

Consciência ou crise?
Mas a reflexão sobre consumo tem chegado com pouca intensidade, ou é inexistente, entre muitas das pessoas que movimentam esse mercado? A agência de publicidade brasileira Nova S/B divulgou números que refletem o perfil dos consumidores de roupas de segunda mão no período de crise econômica. Foram quatro perfis identificados:
1. Smart Buyers, representando 49%, são pessoas que valorizam o planejamento das compras, pois possuem pouca renda para esbanjar nas compras;
2. Pé no Chão, somando 26%, são pessoas que também planejam as compras, mas que têm orçamento para ―experimentar‖ e comprar com menos preocupação;
3. Sobreviventes, representando 17%, são pessoas focadas no preço mais baixo e vivem sempre no limite do orçamento e
4. Ostentação, com 8%, são as pessoas que valorizam etiquetas e compram por impulso. A pesquisa ouviu 2.682 pessoas, acima de 18 anos, em todas as regiões do país.

A importância
Já faz parte da rotina dos consumidores a vender o que não usam e a comprar produtos de segunda mão — o que diminui a quantidade de mercadorias novas que precisam ser fabricadas. O Ibope estima que, se os brasileiros vendessem tudo o que não usam, desde bolsas parada há anos no armário a imóveis (como uma casa na praia fechada quase o ano todo), criariam um mercado de alguns trilhões de reais — e ainda ajudariam o meio ambiente.

Na cidade do Rio de Janeiro, temos o mercado de rua Faz Girar, onde as pessoas vendem e trocam os produtos de segunda mão, como objetos, livros, músicas, acessórios, roupas e etc. sempre com qualidade, em ótimas condições, com a intenção de desapegar dando uma vida longa às peças. Praticando atitudes sustentáveis, as pessoas fazem girar as coisas que não lhe servem mais, gerando socialização em um espaço público, para negociação e diversão. No Faz Girar as pessoas encontram valor em objetos que estão parados em casa. Isso faz parte de um ciclo porque algo que não tem mais valor para uns, agora terá para alguém que está em outro momento de vida. Quando as pessoas deixam de comprar um item novo, deixam de consumir e de produzirem lixo. Milhares de gases efeito estufa deixaram de ser produzidos, e quando consegue estender a vida útil de um item, deixa de fazer um novo. Todo mundo ganha.

O próximo evento será dia 16 de fevereiro/2020, domingo, no Sarrafo Arte e Bar na Rua Capitão Salomão, 57 – Humaitá – Rio de Janeiro/RJ, de 11h as 17h. Para acompanhar e saber mais visite o site www.fazgirar.com e siga as redes sociais.

Priscilla Rocha – Assessoria de Imprensa

Fontes: SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas )/Agência Nova S/B / IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística)